Criada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) com apoio do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) para incentivar a economia local, aproveitando as comemorações de aniversário da cidade para atrair consumidores e melhorar as vendas de início de ano, a Sampa Week chega ao fim da segunda edição. Ainda sem um balanço das vendas, ela já cumpre seus principais objetivos: mobilizar os lojistas para trabalhar e marcar a nova data do calendário do varejo, e reduzir os impactos da desaceleração da atividade econômica no setor de comércio e serviços.
A ação estava programada inicialmente para ocorrer entre 23 e 31 de janeiro, mas foi prorrogada para até 12 de fevereiro após restrições à abertura do comércio por conta da pandemia.
“A ideia é movimentar a cidade no mês de janeiro para que os visitantes possam desfrutar de todas as atrações que a cidade oferece, como museus, teatros, shows, restaurantes e outros, além das ofertas e descontos oferecidos pelos lojistas”, afirma o presidente da ACSP, Alfredo Cotait Neto.
Segundo o vice-presidente da ACSP, Abdo Hadade, estiveram envolvidos na iniciativa perto de 20 mil participantes, que receberam banners e material de divulgação. Em sua maioria, pequenos e médios lojistas, que ao contrário das grandes redes, não contam com infraestrutura, departamento de marketing ou apoio de agência de publicidade para a promoção de seus negócios. “Em função disso, o nosso presidente criou a área de varejo, que eu coordeno, para incentivar as vendas durante o ano todo”, diz, ressaltando que algo precisava ser feito para dar apoio ao comércio nos meses mais fracos.
Apoio às vendas e manutenção de emprego
Na edição anterior da Sampa Week, lembra Hadade, já haviam sido registrados resultados importantes. “Tivemos um crescimento de 32,5% nas vendas pela internet e de 16,32% nas vendas físicas, nas lojas de rua. Isso representou um crescimento do mês de 3,4%.”
Na edição 2021, as 15 distritais da ACSP na capital participaram ativamente da organização, visitando estabelecimentos e lojas de bairro. Mais de 180 mil lojistas e prestadores de serviços receberam mensagens, com orientação para que entrassem no site da Sampa Week, tendo acesso a materiais como banners e cartazes.
“O que esperamos é não demitir funcionário”, diz Hadade, lembrando que as lojas costumam admitir temporariamente para o mês de dezembro. “Nossa expectativa é que, crescendo a data da Sampa Week, os lojistas poderão manter esse vendedor por mais tempo. E, eventualmente, começando o ano bem, ele poderá ser registrado definitivamente no emprego. É o que nós desejamos.”
Pequenos e médios: os mais beneficiados
Os mais beneficiados pela iniciativa, segundo Hadade, são pequenos e médios empresários, sem estrutura de divulgação. Quem não recebeu material pelo Correio, conseguia entrar no site e baixar material, com a instrução para vender também pela internet. “Muitos não tinham essa oportunidade, de vender principalmente no bairro dele, onde pode fazer a entrega”, explica o vice-presidente da ACSP. “Eles desejam também crescer nesta área de internet, de vendas online, e o resultado tem sido muito bom.”
Comércio de rua fortalecido
Mas ainda que a internet e o e-commerce tenham vindo para ficar, o comércio de rua mantém sua força e importância. “O consumidor gosta de comprar na loja. Tanto que muitas redes grandes vendem pela internet, e a pessoa retira na loja”, diz Hadade. As pessoas também buscam o atendimento mais pessoal. “Quem procura um produto eletrônico ou uma roupa vai querer a informação do vendedor. Esse contato pessoal todo consumidor gosta e, assim, nunca vai acabar o comércio de rua”, conclui.